quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Lux Obscurité

Lux Obscurité

(Antes que se possam tirar quaisquer conclusões sobre este poema, escrevi-o como que para fazer oposição à Lux Aeterna ;) )

"Quero destruir!
Ah! Sim! Quero acabar...
Acabar com tudo! Sorrir!
Quero tudo fragmentar!

Partam-se sentimentos
Emulcionem-se emoções
Queimem-se argumentos
Injecte-se venenos nos corações...

Oh! Sim! Que Poder!
Ah! Que magnífico ser!
Que energia, que imensidão!
Que grande poder de destruição!

Que poder sensual
Que força bruta animal
Deixa-me aproveitar
Esta energia infernal"

A besta sadia
Faminta de terror
À luz das trevas se faria
Um fenómeno de pavor!...

"Arrepios que me invadem a espinha
Lágrimas de ódio que me escorrem a face
Porquê que apenas me acontece a mim?
Eu vivo muito bem sem ti!!!"

Do seu peito uma enorme fenda
se abre, imponente
De lá, sai a negra prenda
E a besta... Impotente!

A besta sem obscuridade
De normal pessoa falamos
Agora é tanta santidade
Como o comum dos humanos

Cai prostado no chão
Um ferida imensa em si
Libertou-se daquela maldade
Salvou-se o seu coração

E toda a energia do universo
Se alia neste progresso
Brilhante, condensa a eterna luz
Que a este homem não seduz

Abre-se a boca, abre-se o espírito
E a energia já lhe corre nas veias
O que fazer com ela agora?
Descoberta da vida faz parte...

Luz obscura que apareceste
Desaparece agora, para sempre!
Calaveiro da luz valente
Para a eternidade inexistente...

Se sofremos no passado
Muito, muito, brutalmente
Se perdemos o amado
Dentro de nós ela sempre estará presente

O amado és tu próprio
Quem és, quem foste
Procura em ti o espírito sóbrio
A luz eterna da claridade...

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