quinta-feira, 17 de setembro de 2009

A Sala encantada

Volto a escrever
Por necessidade básica
Volto a entender
A coerência frásica

Absorvo Valores
O outro que era
Restaram-me amores
Morreu a fera

Amores do que fui
Amores do que sou
Ódio aqui já não flui
A tristeza se esgotou

A sala encantada
A porta escancarada
A rua deserta
Destruída no poeta

O chão é firme
A janela?... distante
O passo? Crime?
Não! Cantante!

A rua deserta
Molhada e destruída
Adolescência querida?
Não... Sofrida...

A sala encantada
Ninfas possuídas?
Não... só é apenas
Ondas esquecidas

Ao sabor das ondas
No fervilhar da espuma
Não me vejo boiar
Um dia... ainda afunda!

Mergulho bem fundo
Sem corda de sustentação
Todo o peso do mundo
Concentrado num coração

Cá em cima, bem alto
A dominar a emoção
É certo, com um salto
Sem perder a razão

A sala encantada
A porta querida
A altitude amada
O Sentido da minha Vida!

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